domingo, 6 de maio de 2018

QUAL A MELHOR TRADUÇÃO DA BÍBLIA SAGRADA?



          Em nossos dias o público leitor dispõe de uma miríade de traduções e versões das Sagradas escrituras, o que se questiona na verdade é, qual a melhor tradução da Bíblia Sagrada? Neste breve comentário desejo elucidar algumas questões, que certamente nos ajudarão a entendermos um pouco mais do referido tema.



Qual a Melhor Tradução

            A primeira coisa a se levar em conta é, quais manuscritos foram usados por base para a tradução? E qual método de tradução foi utilizado? E ainda, deve-se levar em conta o propósito, que a referida tradução pretende atingir, ou alcançar.
            Tendo feito estas observações, precisamos entender a diferença que existe entre os manuscritos originais. O primeiro grupo de Manuscritos ficou conhecido como “Texto Crítico”, datado dos séculos II e III, o mesmo tem apenas 4 ou 5 manuscritos, um número bem inferior de manuscritos em relação ao segundo grupo chamado de “Texto Receptus” (Recebido), ou majoritário, que tem entorno de 5 mil manuscritos; porém a sua datação está entre os séculos IX e X d.C. que mesmo sendo mais recente tem um número muito maior de manuscritos, recebendo por isso o nome de “Texto Majoritário”. Entre os eruditos as opiniões se divergem quanto, qual seria o melhor texto original para a tradução. Os que preferem o texto Receptus, apoiam a preferência no fato destes possuírem a grande maioria dos textos originais, entorno de cinco mil manuscritos. Já os que preferem os texto críticos, apoiam-se no fato destes serem mais antigos (Século II e III d.C.).

Métodos de Tradução

            Quanto os métodos de tradução, podemos citar dois: o primeiro deles é conhecido como: método de “equivalência formal”, que em tese traduz palavra por palavra, e o segundo, o método de “equivalência dinâmica”, que propõe traduzir a ideia do autor, levando em conta a época em que o texto foi originalmente escrito. deste método, vieram as chamadas paráfrases. 
          Ambos os métodos devem levar em conta que, a Bíblia foi originalmente escrita em uma outra língua, e em uma época e cultura bem diferente da nossa, sendo assim uma tradução formal rígida pode mudar completamente o sentido do texto original, como também, uma tradução dinâmica exagerada, como as paráfrases podem ferir o princípio doutrinário inserido no texto sagrado.
           Os melhores tradutores concordam que: "texto bom, é o texto original", porém a tradução deve levar em conta, "para que está sendo escrito"; e, na tradução deve ser mantido o texto que transmita o significado do termo nos originais

O termo mais adequado

        Quanto o método, o termo mais adequado é “Equivalência funcional”. Na tradução formal o texto de Tiago 1.2 diz: “... tende por motivo de grande gozo quando cairdes em várias tentações.” Quando deveria ser traduzido por: “...quando passardes por diversas tentações”. Um exemplo desta equivalência funcional podemos ver no Salmo 23.5, na NVI: “Tu me honras ungindo a minha cabeça com óleo...”, trazendo uma compreensão melhor para a expressão comumente usada na Almeida Revista e Corrigida “Unges a minha cabeça com óleo”.


Versões da Tradução de João Ferreira de Almeida na Atualidade.

         A tradução de João Ferreira de Almeida, tem na atualidade, acerca de nove versões diferentes, e que todas elas diferem e muito, da gramática da Almeida de 1681. Ex.: Mt 6.13 “... e não nos metas em tentação...”, enquanto que hoje é traduzido por. “...e não nos deixes cair em tentação...”. Sendo assim, podemos dizer que há uma distância muito grande dos termos usados por João Ferreira de Almeida entre a tradução original, e às versões que levam o seu nome nos dias de hoje.

Os livros deuterocanônicos

       A igreja católica, para enfraquecer as doutrinas pregadas pelos reformadores, no concílio de Trento de 1945, inseriu os 07 livros conhecidos como deuterocanônicos, ou apócrifos, com o intuito de diferenciar a sua bíblia das bíblias dos reformadores. O cânon utilizado nos dias de hoje, foi reiterado pelo concílio de Jâmia em 90 d.C.




A Cultura Judaica

          Na cultura judaica não havia necessidade de formar um cânon, por que os escritos de Moisés e dos profetas era utilizados por eles com total credibilidade, porém depois da dispersão do povo judeu por todos os lugares, viu-se a necessidade de se fazer o Antigo Testamento na língua grega. por esse motivo se formou em 285 a.C. a famosa tradução que ficou conhecida como “Septuaginta”. Que por sua vez continha os livros deuterocanônicos (Apócrifos), com a finalidade histórica, e para uma simples leitura, sem todavia, querer se equiparar com os escritos sagrados.

Conclusão

            Com estas observações podemos dizer que a melhor tradução é aquela que não fere o sentido original, e que, quer usando o método de equivalência formal, ou usando o método de equivalência dinâmica, expresse a Inspiração, Inerrância, Autoridade e Atualidade da Soberana Revelação de Deus para a humanidade. Como bem se expressou certo autor anônimo: “A Bíblia é Deus falando ao Homem, é Deus falando através do Homem, é Deus falando como Homem, é Deus falando a Favor do Homem, mas é SEMPRE DEUS FALANDO”.


Pr. Jonas Freitas de Jesus
Ministro do Evangelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mapa de Visitantes