Em nossos dias o público leitor dispõe de uma miríade de traduções e
versões das Sagradas escrituras, o que se questiona na verdade é, qual a melhor
tradução da Bíblia Sagrada? Neste breve comentário desejo elucidar algumas questões, que certamente nos ajudarão a entendermos um pouco mais do referido tema.
Qual a Melhor Tradução
Qual a Melhor Tradução
A primeira coisa a se
levar em conta é, quais manuscritos foram usados por base para a tradução? E
qual método de tradução foi utilizado? E ainda, deve-se levar em conta o
propósito, que a referida tradução pretende atingir, ou alcançar.
Tendo feito estas
observações, precisamos entender a diferença que existe entre os
manuscritos originais. O primeiro grupo de Manuscritos ficou conhecido como “Texto Crítico”, datado
dos séculos II e III, o mesmo tem apenas 4 ou 5 manuscritos, um número
bem inferior de manuscritos em relação ao segundo grupo chamado de “Texto Receptus”
(Recebido), ou majoritário, que tem entorno de 5 mil manuscritos; porém a sua
datação está entre os séculos IX e X d.C. que mesmo sendo mais recente tem um
número muito maior de manuscritos, recebendo por isso o nome de “Texto
Majoritário”. Entre os eruditos as opiniões se divergem quanto, qual seria o
melhor texto original para a tradução. Os que preferem o texto Receptus, apoiam
a preferência no fato destes possuírem a grande maioria dos textos originais,
entorno de cinco mil manuscritos. Já os que preferem os texto críticos,
apoiam-se no fato destes serem mais antigos (Século II e III d.C.).
Métodos de Tradução
Métodos de Tradução
Quanto os métodos de
tradução, podemos citar dois: o primeiro deles é conhecido como: método de “equivalência
formal”, que em tese traduz palavra por palavra, e o segundo, o método de
“equivalência dinâmica”, que propõe traduzir a ideia do autor, levando em conta
a época em que o texto foi originalmente escrito. deste método, vieram as
chamadas paráfrases.
Ambos os métodos devem levar em conta que, a Bíblia foi originalmente escrita em uma outra língua, e em uma época e cultura bem diferente da nossa, sendo assim uma tradução formal rígida pode mudar completamente o sentido do texto original, como também, uma tradução dinâmica exagerada, como as paráfrases podem ferir o princípio doutrinário inserido no texto sagrado.
Os melhores tradutores concordam que: "texto bom, é o texto original", porém a tradução deve levar em conta, "para que está sendo escrito"; e, na tradução deve ser mantido o texto que transmita o significado do termo nos originais.
O termo mais adequado
Quanto o método, o termo mais adequado é “Equivalência funcional”. Na tradução formal o texto de Tiago 1.2 diz: “... tende por motivo de grande gozo quando cairdes em várias tentações.” Quando deveria ser traduzido por: “...quando passardes por diversas tentações”. Um exemplo desta equivalência funcional podemos ver no Salmo 23.5, na NVI: “Tu me honras ungindo a minha cabeça com óleo...”, trazendo uma compreensão melhor para a expressão comumente usada na Almeida Revista e Corrigida “Unges a minha cabeça com óleo”.
Ambos os métodos devem levar em conta que, a Bíblia foi originalmente escrita em uma outra língua, e em uma época e cultura bem diferente da nossa, sendo assim uma tradução formal rígida pode mudar completamente o sentido do texto original, como também, uma tradução dinâmica exagerada, como as paráfrases podem ferir o princípio doutrinário inserido no texto sagrado.
Os melhores tradutores concordam que: "texto bom, é o texto original", porém a tradução deve levar em conta, "para que está sendo escrito"; e, na tradução deve ser mantido o texto que transmita o significado do termo nos originais.
O termo mais adequado
Quanto o método, o termo mais adequado é “Equivalência funcional”. Na tradução formal o texto de Tiago 1.2 diz: “... tende por motivo de grande gozo quando cairdes em várias tentações.” Quando deveria ser traduzido por: “...quando passardes por diversas tentações”. Um exemplo desta equivalência funcional podemos ver no Salmo 23.5, na NVI: “Tu me honras ungindo a minha cabeça com óleo...”, trazendo uma compreensão melhor para a expressão comumente usada na Almeida Revista e Corrigida “Unges a minha cabeça com óleo”.
A tradução de João Ferreira de Almeida, tem na atualidade, acerca de nove versões diferentes, e que todas elas diferem e muito, da gramática da Almeida de 1681. Ex.: Mt 6.13 “... e não nos metas em tentação...”, enquanto que hoje é traduzido por. “...e não nos deixes cair em tentação...”. Sendo assim, podemos dizer que há uma distância muito grande dos termos usados por João Ferreira de Almeida entre a tradução original, e às versões que levam o seu nome nos dias de hoje.
Os livros deuterocanônicos
A igreja católica, para enfraquecer as doutrinas pregadas pelos reformadores, no concílio de Trento de 1945, inseriu os 07 livros conhecidos como deuterocanônicos, ou apócrifos, com o intuito de diferenciar a sua bíblia das bíblias dos reformadores. O cânon utilizado nos dias de hoje, foi reiterado pelo concílio de Jâmia em 90 d.C.
A Cultura Judaica
Na cultura judaica não havia necessidade de formar um cânon, por que os escritos de Moisés e dos profetas era utilizados por eles com total credibilidade, porém depois da dispersão do povo judeu por todos os lugares, viu-se a necessidade de se fazer o Antigo Testamento na língua grega. por esse motivo se formou em 285 a.C. a famosa tradução que ficou conhecida como “Septuaginta”. Que por sua vez continha os livros deuterocanônicos (Apócrifos), com a finalidade histórica, e para uma simples leitura, sem todavia, querer se equiparar com os escritos sagrados.
Conclusão
Com estas observações podemos dizer que a melhor
tradução é aquela que não fere o sentido original, e que, quer usando o método
de equivalência formal, ou usando o método de equivalência dinâmica, expresse a Inspiração, Inerrância, Autoridade e Atualidade da Soberana Revelação de Deus
para a humanidade. Como bem se expressou certo autor anônimo: “A Bíblia é Deus
falando ao Homem, é Deus falando através do Homem, é Deus falando como Homem, é
Deus falando a Favor do Homem, mas é SEMPRE DEUS FALANDO”.
Pr. Jonas Freitas de Jesus
Ministro do Evangelho
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