(Mateus 5.13)
“Vós sois o sal da
terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta
senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.”. Mateus 5:13
“Vós
sois o sal da terra”, este tema faz parte de uma série de ensinos de
Jesus, conhecido como, o Sermão do Monte, “E Jesus, vendo a multidão, subiu a
um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo
a sua boca, os ensinava...” Mateus 5.1,2.
Hoje não podemos identificar, à que monte o texto bíblico refere-se, talvez
fosse uma colina, ou área montanhosa da região de Cafarnaum, possivelmente o
local não tenha muita relevância. No entanto, os preciosos ensinos de Jesus
ministrados neste lugar, figura com proeminência entre outras experiências em “montes”, nas escrituras, tais como o “Monte Sinai” onde foi entregue as tábuas
da Lei (Ex. 19), ou o “monte da
Transfiguração” de Jesus (Mt 17), ou o “Monte
das oliveiras”, de onde Jesus subiu para o céu (Mt 28.16, At 1.9). No
entanto daquele monte, saíram os ensinos da nova ordem, o reino dos céus.
O sal era grandemente valorizado na
Palestina, nos tempos se Jesus, e era indispensável para preservar os
alimentos, o sal era um item de elevado valor e importância, assim como os
cristãos o são para o mundo. O cloreto de sódio (Sal), em estado puro, não
deteriora, preserva e dar sabor; mas, se for misturado com outros elementos,
pode perder o seu caráter distintivo e tornar-se inútil para qualquer coisa.
Por isso é que Jesus tanto advertiu os seus discípulos, quanto ao mundanismo e
a busca por alvos inferiores. “Mas, buscai primeiro o reino de
Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6.33
Os cristãos como sal da terra, não podem perder
a sua essencialidade, mas, cumprir a missão que lhe é proposta. O que
se espera do sal, não é apenas a sua aparência, pois esta pode permanecer,
mesmo quando ele perde o sabor. “... e se o sal for insípido, com que se há de
salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora...”. Mateus 5.13
I. VÓS SOIS O SAL DA TERRA.
1.
Os antigos profetas eram o sal da terra de
Canaã;
os discípulos de Jesus são o sal de toda a terra, por isso dever ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15), Deus não quer que os
seus servos se fechem em mosteiros, conventos ou cavernas, mas, que cumpra o
seu papel. O sal para fazer o seu efeito, deve se misturar com o que é
destinado a conservar. “... Não peço que os tires
do mundo...” João 17.15
2.
Não se aplica o sal em animais vivos, mais à sua carne depois
de mortos. O nosso salvador quer que seus servos sejam o sal da terra, porque a
sociedade humana está morta. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e
pecados, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois salvos). ” Efésios
2.1,5.
“Porque sabemos que toda
a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só
ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós
mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção
do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê
não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? ” Romanos 8.22-24
II.
SE O SAL VIER A SER
INSÍPIDO, COMO LHE RESTAURAR O SABOR?
v
Insípido: adjetivo,1. Que
não tem gosto; destituído de qualquer sabor ou que o tem insuficientemente.
"a água é i.". 2. FIGURADAMENTE: desprovido de interesse, de atrativos; sem
graça, monótono.
1.
Se o cristianismo (os crentes) não funcionar
como deve,
como é que o mundo, de modo geral, poderia receber qual quer coisa boa da graça
de Deus? “…se, portanto, a luz que em ti há são trevas,
quão grandes serão tais trevas! ”
Mateus 6:23b.
v
VER: “...porque é impossível que os que já uma
vez foram iluminados...”. Hebreus 6.4-6
III.
PARA
NA MAIS PRESTA. “.... senão
para se lançar fora, e ser pisado pelos homens...”
a.
O
TALMUDE mostra que o sal que não era puro e útil para ser usado nos ritos dos
sacrifícios (que eram oferecidos com sal), era lançado nos degraus e declives
ao redor do templo para impedir que o terreno se tornasse escorregadio.
Portanto era pisado pelos homens.
b.
O
sal é precioso enquanto preserva as suas propriedades, quando se torna insípido
para na mais presta. Existe uma coisa mais inútil do que o sal depois de perder
o sabor?
v Na cidade de Hutchinson, na América do Norte, um monte de sal ficou
estragado. Experimentaram calçar uma rua com esse tal sal, para não desperdiçar
tudo. Mas com as primeiras grandes chuvas, o que parecia grande êxito,
tornou-se em deplorável fracasso; a rua mais bela da cidade transformou-se na
rua mais triste. Até as árvores, à beira da rua, morreram.
Conclusão
O
Sal sem sabor não tem valor algum, nem para adubar a terra. Assim, os crentes,
depois de perderem o poder divino, não valem mais do que o sal sem sabor. Tem o
nome de quem vivem, mas estão mortos.
“E ao anjo da igreja que está em Sardes
escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas:
Conheço as tuas obras, que tens nome
de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que
estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E,
se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre
ti virei. Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram
suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que
vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome
do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus
anjos”. Ap 3.1-5