sexta-feira, 16 de outubro de 2020
A FIGUEIRA SEM FRUTO
A
FIGUEIRA SEM FRUTO
“E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome; E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira? Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito; E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis”. Mateus 21.18-22
INTRODUÇÃO
A História da Figueira
amaldiçoada, ao tempo que nos traz grandes lições espirituais, provoca muitas
especulações quanto a motivação para tal acontecimento. Muitos comentaristas,
Historiadores e pregadores, ao longo da história da Igreja, como Josefo, R. N.
Champlin, Orlando Boyer, C. H. Spurgeon, além, dos chamados pais da Igreja,
Ponderaram, conjecturaram e parafrasearam minuciosamente, a cerda deste texto
Bíblico, quanto o dia, época e circunstancias, em que Jesus, esperava ter
frutos nesta figueira em questão.
O
Capítulo 21 de Mateus, inicia-se dizendo que Jesus chegou em Betfagé (Sig.
“casa dos figos”), e no versículo 19, Ele viu uma Figueira, e, esperava que
tivesse figos. Josefo escreveu, que, na região que Jesus cresceu, a figueira
dava frutos durante dez meses por ano, talvez, por esse motivo esperava
encontrar frutos ali. Spurgeon, em sua mensagem sobre esta parábola, explica
que, naturalmente os figos surgem antes das folhas, portanto, quando a árvore
fica frondosa, já estaria carregada de frutos, e, possivelmente foi por esse
motivo, que Jesus amaldiçoou esta figueira, para que não iludisse outra pessoa.
Segundo
Orlando Boyer, a figueira viçosa, mas sem figos, “é notável emblema de Israel
no tempo do ministério de Jesus. Israel era todo ostentação exterior; o templo,
o sacerdócio, os ritos diários no templo, as festas anuais, as Escrituras do
Velho Testamento. Mas por baixo das “folhas bonitas”, a Igreja judaica esta
destituída de fruto. Não tinha graça, nem fé, nem amor, nem poder, nem
santidade e nem anelo de receber o seu Messias. Devia, portanto, como a
figueira, murchar e morrer. Jerusalém devia ser arrasada, o templo destruído.
Havia de murchar e secar até a raiz”. O que de fato aconteceu no ano 70 d.C.,
por não aproveitar o tempo da sua oportunidade.
I- PROFISSÃO DE FÉ SINCERA MAIS INFRUTÍFERA
“Porque lhes dou
testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não
conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça,
não se sujeitaram à justiça de Deus”. RM
10.2,3
1.
O Intérprete da Lei – “E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou
com o objetivo de pôr Jesus à prova e lhe perguntou: — Mestre, que farei para
herdar a vida eterna...faze isso e viverás”? Lucas 10.25-28
2.
O Escriba – “Então,
aproximando-se dele um escriba, disse a Jesus: — Mestre, vou segui-lo para onde
quer que o senhor for.
Mas Jesus lhe respondeu: — As raposas têm as
suas tocas e as aves do céu têm os seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem
onde reclinar a cabeça”. Mateus 8.19,20
3.
Apóstolo Pedro – “Então Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o
servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era
Malco. Mas Jesus disse a Pedro: — Guarde
a espada na bainha! Por acaso não beberei o cálice que o Pai me deu? João
18.10,11
4.
Apóstolo Paulo – “Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas fui
criado nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo o rigor da Lei de nossos
antepassados, sendo zeloso para com Deus, assim como todos
vocês o são no dia de hoje”. Atos 22.3
5.
Tiago Exortou
– “Meus
irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?
Será que essa fé pode salvá-lo”? Tiago 2.14
6.
A árvore é conhecida pelos frutos – “Toda
árvore que não produz bom fruto é cortada e jogada no fogo. Assim, pois, pelos seus frutos vocês os conhecerão”. Mateus 7.19,20
7. A frondosa árvore do tradicionalismo religioso – “E, se vocês invocam como Pai aquele que, sem parcialidade, julga segundo as obras de cada um, vivam em temor durante o tempo da peregrinação de vocês, sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que seus pais lhes legaram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula. Ele foi conhecido antes da fundação do mundo, mas foi manifestado nestes últimos tempos, em favor de vocês”. 1 Pe 1.17-20
O nosso Senhor Jesus, viu uma árvore,
que, pelo capricho da natureza, estava coberta de folhas, em uma época que não
devia estar, era um retrato da situação espiritual da figueira chamada Israel.
Imediatamente o Mestre, decidiu ensinar uma lição prática para os seus
discípulos: “Todas as árvores do campo saberão que eu,
o Senhor, derrubo a árvore alta e elevo a baixa, seco a árvore verde e faço
reverdecer a seca. Eu, o Senhor, falei e eu o cumprirei”.
Ez. 17.24
II-
A
FIGUEIRA, NÃO TINHA FRUTO – “E,
vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado
senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou
imediatamente”. Mateus 21:19
1.
A
eloquente mensagem silenciosa – A figueira dá
frutos antes das folhas, no começo do ano, começa a aparecer os figos nas
pontas dos galhos, de forma que, quando as folhas aparecem, os figos devem
estar prontos para serem colhidos. “E,
vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa.
Aproximando-se dela, nada achou, a não ser folhas; porque não era tempo de figos”. Mc 11.13. A vida cristã, emite sinais que de longe podem ser detectados; a
viúva de Suném disse para o seu marido: “... — Vejo que este que
passa sempre por aqui é um santo homem de Deus”. 2 Reis 4:9. “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei...”.
Tiago 2:12.
2.
Juízo
para os que não produzem frutos
a.
Os Falsos Profetas – “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam
disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos
os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz
frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má
produzir frutos bons. Toda árvore que
não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”. Mateus 7:15-19
b.
O ramo infrutífero – “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é
o agricultor. Todo ramo que, estando em
mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que
produza mais fruto ainda.
Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho
falado;
permanecei em mim, e eu permanecerei em vós.
Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece
em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Se alguém
não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o
apanham, lançam no fogo e o queimam.
João 15:1-6
c.
João Batista repreende os religiosos da
sua época - “Quando João viu que muitos fariseus e
saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes: — Raça de víboras! Quem deu a
entender que vocês podem fugir da ira que está por vir? Produzam fruto digno de arrependimento! E não pensem que podem dizer uns aos outros: “Temos
por pai Abraão”, porque eu afirmo a vocês que Deus pode fazer com que destas pedras
surjam filhos a Abraão. E o machado já
está posto à raiz das árvores. Portanto, toda árvore que não produz bom fruto é
cortada e lançada ao fogo”. Mt
3.7-10
d.
A Vinha improdutiva – “Agora,
cantarei ao meu amado o cântico do meu amado a respeito da sua vinha. O meu
amado teve uma vinha num outeiro fertilíssimo. Sachou-a, limpou-a das pedras e
a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre e também abriu
um lagar. Ele esperava que desse uvas
boas, mas deu uvas bravas. Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens
de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha. Que mais se podia fazer
ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse
uvas boas, veio a produzir uvas bravas? Agora, pois, vos farei saber o que
pretendo fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que a vinha sirva de
pasto; derribarei o seu muro, para que seja pisada; torná-la-ei em deserto. Não
será podada, nem sachada, mas crescerão nela espinheiros e abrolhos; às nuvens
darei ordem que não derramem chuva sobre ela. Porque a vinha do Senhor dos
Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do
Senhor; este desejou que exercessem juízo, e eis aí quebrantamento da lei;
justiça, e eis aí clamor. Isaías 5:1-7
III- JESUS EM BUSCA DOS
FRUTOS - “E, vendo de longe uma figueira com
folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa...”.
Marcos 11.13a
1.
A Frutificação
espiritual, é, para quem está em Cristo: “Estai
em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver
na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”.
João 15.4
2.
O Fruto da
união com Cristo (João 15).
a.
A nossa santificação – (Vv.3; 13.10)
b.
Fertilidade, muito fruto – (v. 5)
c.
Resposta a oração – (Vv. 7; Cl 3.16)
d.
O Pai é glorificado – (Vv.8). Sem o fruto pelo
qual o pai é glorificado dir-se-ia que o Viticultor só plantou videiras
estéreis!
e.
Exemplo perante o mundo – (v. .8)
f.
A comunhão do Seu amor – (v. 9)
g.
Plenitude do Seu gozo. (V. 11)
h.
Sua intima amizade – (Vv. 15,16)
i.
Participantes dos Seus segredos (Sl 25.14)
j. Manifestação do fruto do Espírito Santo – Gl 5.22; Fruto dos lábios (Hb 13.15); o Fruto das boas obras (HB 13.16); O grande fruto: almas (Rm 1.3. O fruto da Videira são as uvas; o fruto da Videira verdadeira, Cristo, são os cristãos, as almas salvas. “Deste dia em diante vos abençoarei - Porventura há ainda semente no celeiro? Além disso a videira, a figueira, a romeira, a oliveira, não têm dado os seus frutos; mas desde este dia vos abençoarei”. Ageu 2:19
CONCLUSÃO
Cuidar
da aparência, parece ser uma preocupação dos homens desde o início da
humanidade. “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que
estavam nus; e coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus, que
passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da
presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim” (Gênesis 3.7,8). Adão e Eva,
quiseram esconder-se por traz das folhagens. Os hipócritas, preocupam-se apenas
com o exterior: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está
cheio de rapina e de intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do
copo e do prato, para que também o exterior fique limpo” (Mateus 23:25,26). Mas Deus, vê além da aparência: ”Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes
para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho
rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está
diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 167).
“Porque,
assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos
mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que
os vossos pensamentos. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e
para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam
brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra
que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e
prosperará naquilo para que a designei. Saireis com alegria e em paz sereis
guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as
árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e
em lugar da sarça crescerá a murta; e será isto glória para o Senhor e memorial
eterno, que jamais será extinto”. Isaías 55.9-13; Ver, 1 Cr 29.
Pr. Jonas Freitas de Jesus
Ministro do Evangelho
terça-feira, 6 de outubro de 2020
A Parábola dos Talentos
A Parábola dos Talentos
Mt 25.14-30
Em nossos dias a
palavra talento, é usada para indicar a capacidade e os dotes de uma pessoa, no
entanto, talento era originalmente uma unidade de peso, que depois passou a ser
uma unidade monetária, equivalente a seis mil denários, um denário por sua vez,
valia o trabalho de um dia. Portanto um talento valia o trabalho de um homem
por aproximadamente 18 anos. O talento era um peso que variava de 26 a 36
quilos, poderia ser de ouro, prata ou cobre, e isso indicava o valor
tencionado, embora fosse sempre altíssimo.
Esta parábola indica que grandes
reponsabilidades foi dada por seu senhor aos seus servos. A uma relação intima
entre a parábola das dez virgens e a dos talentos, aquela representa as virgens
esperando o seu Senhor; esta, os servos trabalhando para o seu Senhor. Aquela
previne contra a falta do Espirito em nossas vidas; esta, contra o descuido em
nosso serviço. A primeira parábola acentua a importância de guardar o coração
com maior diligência; a segunda, a necessidade de servir com toda a diligência.
A primeira trada-se de espiritualidade; a segunda de serviço. Os que servem
fielmente estão aguardando a vinda do Rei, esta parábola nos ensina a usar
corretamente a nossa capacidade. É interessante notar que a palavra “talento” adquiriu o sentido de “aptidão” por causa desta parábola.
I- “Porque
isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus
servos, e entregou-lhes os seus bens”. Mt 25.14
1. O homem ausentando-se
do pais representa Cristo, Quem, antes de voltar para ao Pai, revestiu Seus
servos de dons para continuarem a obra durante a Sua ausência da terra.
“Porque a um pelo Espírito é dada a
palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo
mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a
profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de
línguas; e a outro a interpretação das línguas”. 1 Co 12.8-10;
“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia,
seja ela segundo a medida da fé; se é
ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que
reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita
misericórdia, com alegria”. Romanos 12.6-8
2.
Assim como tudo, que
os escravos do império Romano tinham, pertencia aos seus senhores, assim tudo o
que os discípulos de Jesus têm, pertence ao seu Senhor. “Que os
homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus, Além
disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel”. 1
Co 4.12; “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça
de Deus. 1 Pedro 4:10
3.
Os seus bens (v.14): Jesus nos entregou:
a.
As verdades do
Evangelho – 1 Tm 6.20; 1 Co 9.16,17; Jd 3
b.
Poder espiritual – “Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós...”. Atos 1:8; “Guarda
o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”. 2 Tm 1.14.
c.
Dons espirituais - 1 Co 12.4-11; Rm 12.6-8; Ef 4.7-12; 1
Tm 4.14
4.
A um deu cinco talentos, a outro.... a
cada um segundo a sua capacidade (v. 15).
Aqui fica evidente,
que há diferença entre os homens, quanto aos seus dotes naturais, os talentos
foram distribuídos de acordo com a capacidade de cada um. Cabe a cada
indivíduo, aproveitar bem as oportunidades, e não as desperdiças.
A nossa fidelidade
nem sempre produz fruto entre os homens, mas em nós sempre produz fruto. “Porém eu disse: Debalde tenho
trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia o meu direito
está perante o Senhor, e o meu galardão perante o meu Deus”. Isaías 49.4
O
servo fiel reconhece que os seus talentos lhes foram concedidos por Deus, não
para guardarem, nem para satisfazer os seus próprios interesses, mas para
“negociar”, isto é, usar para o progresso do seu reino.
A nossa capacidade
aumenta, em de acordo com nossa disposição de exercer com
fidelidade o talento que nos foi
confiado.
II- O QUE RECEBEU UM TALENTO...
– Esse homem não se mostrou desonesto, não gastou o dinheiro; simplesmente
deixou de emprega-lo. Assim sendo, foi preguiçoso, negligente, indigno de
confiança, do ponto de vista produtivo. Essa parábola nos ensina que a
indiferença com as coisas espirituais é uma maldade aberta e mortal. O Senhor
requer da nossa parte, conhecimento e ação, bem com a busca ativa pelas coisas
espirituais.
1. O
pecado deste servo é o mesmo acerca do qual Paulo advertiu a Timóteo: “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado
por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 1 Tm 4.14; “Por cujo motivo
te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das
minhas mãos”. 2 Tm 1.6
2. O Atalaia
deve cumprir a sua missão: “A
ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel;
tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e
tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua
iniquidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão. Mas, se advertires o ímpio do seu caminho, para que
dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua
iniquidade; mas tu livraste a tua alma”. Ezequiel 33:7-9
3. A orientação
de Paulo aos presbíteros de Éfeso: “Portanto, no dia de hoje, vos protesto que
estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o
conselho de Deus”. Atos 20:26,27
4. Características
do servo de um só talento. – “Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo...” Mateus
25:26
a. Medroso
– “E, atemorizado, escondi na terra o teu talento... (v. 25.25); ver: “Os
Covardes...a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo...” (Ap
21.8); “...Agora,
pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido, volte, e
retire-se apressadamente...” Juízes
7:3
b. Dissimulado
– Este servo mal, assim, como Geazi, Absalão, Judas Iscariotes e Ananias e
Safira, era claramente um servo dissimulado, que fingia uma falsa piedade, mas,
em seu coração nutria ressentimentos. “Tendo aparência de
piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” 2 Tm 3.5; Ver 2 Tm 2.1-3.
c. Invejoso
– A inveja é o desgosto pela felicidade ou prosperidade alheia. Desejo
irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem. O homem de um talento só não
suportava ver a prosperidade do seu Senhor.
d. Inútil – “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for
mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos
fazer”. Lucas 17.10
5. Qual foi a sorte do
servo que enterrou o seu talento?
“Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância;
mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores;
ali haverá pranto e ranger de dentes”. Mt 25.29,30
III-
DEPOIS
DE MUITO TEMPO. Deus não ajusta contas logo, não porque seja
remisso, mas porque é longânimo.
a.
Deus não quer, que
alguns se percam: “O Senhor não retarda a
sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco,
não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. 2 Pedro 3.9
b. Mais por fim virá o dia para ajustar as contas:
“Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar
os vivos e os mortos”. 1 Pedro 4:5
IV- ENTÃO
APROXIMANDO-SE O QUE RECEBERA CINCO (V. 20)
1.
Os servos fiéis se aproximam confiantes.
Como o servo que recebera cinco talentos, e o que recebera dois, avançaram
alegremente para entregar o que ganharam, assim os fiéis servos de Deus terão
confiança no dia do juízo.
“Nisto é perfeito o amor para conosco,
para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós
também neste mundo”. 1 João 4:17
“E agora, filhinhos, permanecei nele;
para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos
confundidos por ele na sua vinda”. 1 João 2:28
“Porque, qual é a nossa esperança, ou
gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso
Senhor Jesus Cristo em sua vinda?”. 1 Ts 2.19
V-
MUITO BEM. “Disse-lhe o senhor:
Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor”.
Mt 25.23
O Senhor não disse: “Muito bem, servo bem sucedido!
” Mas: Muito bem, servo bom e fiel”. O que Cristo quer é que sejamos servos
bons e fiéis antes de ser espetacular, ilustres ou dignitários.
“Foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei” (vv 21,23). O galardão para o servo fiel é mais serviço em uma
esfera de influência ainda mais larga e mais alta. A remuneração para serviço
eficiente em uma colocação é promoção para um emprego mais elevado.
VI-
ENTRA
NO GOSO DO TEU SENHOR. Na volta do Senhor do estrangeiro,
havia uma festa na qual os fiéis servos foram convidados para comerem ao lado
do seu Senhor.
“Já vos não chamarei servos, porque o
servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque
tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”.
João 15.15
“Bem-aventurados aqueles servos, os
quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se
cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá”.
Lucas 12.37
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém
ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e
ele comigo”. Ap 3.20
CONCLUSÃO
A
vida no céu de luz imarcescível, será repleta de muitas alegrias e glorias,
cada vez maior, enquanto o lugar de suplicio eterno, será um lugar de muita
dor, tristeza e agonia sem fim. Enquanto estivermos aqui, neste corpo, neste
dia, neste culto... “enquanto se diz hoje...” Despertemo-nos, despertemo-nos,
porque o SENHOR está às portas. Brevemente virá e não tardará. Escute a doce
voz do Senhor Jesus dizendo: “Convém que eu faça as obras daquele que
me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4). Amados irmãos, os servos fiéis entrarão no
gozo do seu Senhor, esse gozo não é simplesmente um banquete, e sim, uma
alegria irradiante e eternar. O poder criativo do nosso Deus é inesgotável.
“E o seu senhor lhe disse: Bem está,
servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no
gozo do teu senhor”. Mateus 25.21
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino,
puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras
palavras de Deus”. Apocalipse 19.7-9